Davi é um dos maiores símbolos de líder restaurador, de comandante, general de líder que entendia o coração e as necessidades dos seus soldados. As vezes, até mais do que eles mesmos.
O texto de I Samuel 22.1-5 relata o período em que Davi ficou na caverna de Adulão – um lugar de refugio, decisivo para todos os rumos futuros que a vida e o ministério de Davi tomariam:
“Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; Quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, Desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu Saiba o que Deus há de fazer de mim. Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo que Davi esteve neste lugar seguro. Porem o profeta Gade disse a Davi: não fiques neste lugar seguro; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi saiu e foi para o bosque de Herete”.
É interessante o significado do nome. Adulão era um local de refugio. Significa, literalmente: “justiça do povo”. Davi pessoalmente precisava se refugiar; Precisava de um tempo de retiro para recuperar suas energias espirituais e repensar Os passos futuros. Com base no exto acima, podemos inferir algumas lições que podem ser Aprendidas da experiência de Davi em Adulão.
ADULÃO E LUGAR DE REAGRUPAMENTO E RESTAURAÇÃO FAMILIARES
A parte B do verso 1 mostra que Davi, que antes tinha sido desvalorizado por sua família, agora é procurado por ela. Seus irmãos e parentes fogem para estar junto dele e ali encontram refugio. Davi não estava presente na parte inicial da festa em que Samuel o ungiu rei, nem foi bem acolhido por seus irmãos junto ao exercito de Saul. Parece que hoje, muitas vezes, lideres e soldados precisam desse refrigério na “caverna”, onde os vínculos e a harmonia familiares são restaurados e o exercito preparado.
Os versículos 3 e 4 mostram a preocupação de Davi pelos de sua casa. Davi não somente honrava seu pai e sua mãe, mas queria o melhor para eles. Foi assim que ele passou a Mispa de Moabe e ali negociou estadia segura e sustento para seus entes queridos. Você vai com mais garra e valentia para a guerra quando sabe que sua família está bem e segura.
Será que nossas igrejas, nossas células, nossas reuniões tem contado com a presença de famílias? Maridos e mulheres, pais e filhos, irmão em geral: será que eles estão encontrando junto a nós esse espaço de restauração, de cura, de perdão, de crescimento? Deve ser assim, em nome de Jesus!
ADULÃO É LOCAL DE PROFUNDIDADE
A caverna de Adulão é um sistema de corredores sem fim e com passagens transversais que ainda não foi explorado por completo pela paleontologia. Isso nos sugere que em Adulão devemos nos separar de tudo que nos impele a satisfazer a vontade de nosso ego e encontrarmos na profundidade do conhecimento de Deus. Precisamos ser uma “caverna” de ensino, de amadurecimento, onde se ensina todo o designo de Deus e se promove o crescimento de todos.
ADULÃO, LOCAL DE QUEBRANTAMENTO E HUMILHAÇÃO
Davi já tinha sido ungido rei por Samuel (I Samuel 16.1,13), mas estava sendo perseguido e oprimido por Saul, o primeiro rei de Israel, e teve que fugir para preservar sua vida. A caverna de Adulão era um lugar comum, sem nada de especial, sem beleza alguma. As cavernas são lugares escuros, frios, solitários. Poderíamos até dizer que uma caverna não é lugar para um rei. Se Davi estivesse em um palácio, mais pessoas estariam naquele momento com ele. Mas para aquele ambiente isolado, longe das capitais e longe das badalações, só vinham as pessoas que realmente precisavam dele.
PARADOXALMENTE, ADULÃO É O LUGAR DE REIS
Apesar de já ter sido ungido rei, Davi não tinha qualquer experiência de governo. Precisava primeiro aprender a governar a si mesmo, governar sua própria casa, e cuidar daquele grupo de homens que o procuraram para apoio pessoal e liderança. Adulão é lugar de estágio para reis. Ninguem poderia imaginar que o maior rei de Israel, escondido naquela caverna, estivesse começando um reinado de justiça e expansão.
Muitos daqueles que realizam as melhores obras para Deus hoje já estiveram antes na “caverna”. São pessoas que se machucaram e sofreram, que aprenderam a valorizar a misericordia e a graça de Deus, e que por isso mesmo são mais sensíveis às necessidades dos outros. Eles compreendem que o ser humano esta sujeito a quedas e fracassos, mas que há sempre um caminho apontando para o calvário, para Jesus, para a vitória. E por terem feito eles mesmos esses caminhos de ida e de volta, recebendo de Deus e de outros irmãos amor e compreensão, eles podem agora ajudar aqueles que ainda lutam para acertar o passo.
ADULÃO É LOCAL DE REFUGIO PARA SOLDADOS FERIDOS
As pessoas que vieram até Adulão eram miseráveis, aflitas, amarguradas, tensas, estressasdas com a vida, carregadas de culpas, mas encontraram em Davi um amigo que os recebeu. Diz o versículo 2: “ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens”.
SOLDADOS “EM APERTO”
São aqueles que não sabem mais o que fazer, chegaram aos sue limites, perderam a esperança e a perspectiva de futuro. Estão cheios de problemas. Eles precisam ir a Jesus e deixar na cruz os seus fardos. Muitos daqueles eram soldados rejeitados ou demitidos pelo exercito de Saul. No nosso contexto de hoje, precisamos ser como Davi: acolhe-los para que voltem a ser soldados valorosos e vencedores.
SOLDADOS “ENDIVIDADOS”
São pessoas conscientes de seus erros, que estão convictas de seus pecados. São os inadimplentes espirituais e sociais. Pessoas que desgastaram amizades e relacionamentos por causa de dividas, tanto financeiras como promessas não cumpridas, falhas de realizações. São aquelas que perderam espaço e confiança em seu meio social a até na igreja. Essas pessoas, cujo peso da culpa traz vergonha e tristeza, encontram em Adulão o refugio e a orientação de um Deus misericordioso, através de um líder amoroso e acolhedor.
SOLDADOS “AMARGURADOS DE ESPIRITO”
São os acometidos de depressão, derrotismo, más lembranças do passado (traumas), vitimas de traição, causadores de traição que querem ajuda. Nesta caverna devem se despir de tudo que mascara a sua realidade, e entregar seus problemas a Deus. A caverna funcionou como uma grande enfermaria, e suas pedras como verdadeiros divãs que ajudaram aqueles homens se tornarem heróis de um grande reino. Saíram de lá para reinar junto com Davi.
ADULÃO É LUGAR DE MUDANÇA DE REINO E LIDERANÇA
Quase todos os homens vinham de um só lugar: do reino e do exercito de Saul. Lá eles não tiveram apoio nem cuidado. Saul significa uma igreja ou liderança que não acolhe, não cuida dos feridos, não discípula, não garante crescimento com qualidade. No exercito de Saul só havia cobrança e regras rígidas. E ainda tinham que conviver num reino e com um rei que não possuía mais a benção de Deus, e por isso mesmo andava irritado, inseguro, frustado, paranóico, e transferia isso para todas as suas tropas. Só a misericórdia mesmo.
A misericórdia estava com Davi. Ao entrar no reino de Davi, os antigos – mas agora novos de novo – soldados precisavam mudar seu posicionamento: abandonar o antigo padrão que escravizava e não resolvia suas mazelas e submeter-se a Davi como seu novo chefe e rei. Foi isso que eles fizeram, e os resultados estão contados nos livros de I e II Samuel e I Crônicas. Junto a Davi eles encontraram descanso, restauração e renovação. Com a subida de Davi ao trono, passaram a fazer parte de seu reino, sendo o grupo que faria de Israel uma nação poderosa, temida e vencedora.
Tema - O coração restaurador do samaritano.
26/03/2014
Texto - Lc 10.30-32
Intr. O livro de Lucas nos apresenta muitas historias belíssimas.Muitos vêem em forma de parábolas, ricas em significado para o nosso viver como indivíduos e como grupo.Mostram o grande amor de Deus para com o homem, mas mostra também o amor que devemos ter por Deus e pelo próximo.Uma dessas historias que Jesus contou foi sobre um bom samaritano, ela tem algo muito profundo,esta parábola foi contada como resposta a um interprete da lei que lhe perguntou. Quem é o meu próximo?
A historia continua com muita riqueza muito grande de detalhes, gostaria que percebesse algo interessante.Jesus está narrando a historia de um homem que andava pelas estradas.Seu veiculo de locomoção era um animal.Talvez ele levava muitos mantimentos e dinheiro consigo, além de muitas bagagens.
Ferimentos por trafegar por terrenos perigosos
O homem descia de Jerusalém para jerico .Jerusalém representava o centro religioso onde se encontrava o templo lugar de adoração , louvor e gratidão ao Deus de Abraão , Isaque e Jacó. Jerico quer dizer Lugar de fragrâncias.
Podemos dizer que são os aromas perfumados dos sonhos e das ilusões, outro nome de jerico era também , Cidade das palmeiras.
No tempo de Jesus, Jerico era a segunda maior cidade da Judéia. Lá em jerico se encontrava um palácio de inverno,um hipódromo e uma fortaleza, todos construídos por Herodes o grande.Era portanto uma bela cidade , cheia de atrativos.
Havia dois caminhos que levavam a Jericó.Um era mais seguro, só que mais longo.O outro era mais curto, um atalho muito perigoso, conhecido naquela época como Caminho Sangrento. Devido ao grande numero de crimes terríveis que Aconteciam as suas margens. Tinha 27 Km de extensão, e uma ladeira acidentada que descia por 1040 metros, desolada e muita perigosa.Era cheio de curvas, e ao seu lado havia muitas cavernas naturais e rochosas, próprias para esconder muitos assaltantes que não tinham respeito pela vida humana.foi por este caminho que nosso personagem resolveu visitar Jerico, sem se preocupar com os salteadores do caminho.
Enquanto trafegava pela estrada, o viajante foi subitamente abordado por assaltantes. Roubaram tudo o que ele tinha.Levaram a montaria, os bens, o dinheiro ou seja tudo o que ele tinha.Além disso a Bíblia diz que ele foi espancado pelos assaltantes, a ponto de ficar semimorto na estrada.
1- A omissão da religião.
Enquanto o homem estava agonizando, talvez desmaiado, a Bíblia diz que um sacerdote, uma autoridade Eclesiástica, descia também por aquele caminho e viu o homem sangrando e ferido, mas ele passou de largo, bem longe, não falou nada e nem fofocou, omitiu de ajudar aquele cidadão.
OBS: Deus tinha escolhido o povo de Israel para ser canal de salvação para a humanidade, e instituiu o sacerdócio Judaico para lhe oferecer sacrifícios e orações , e para cuidar do homem.Mas aquele sacerdote, ele descia apressadamente para jerico, e por isso não tinha tempo para cuidar do homem no caminho da vida.
2- Mais tarde, passa pela mesma estrada um levita, e também passa de longe.Os levitas além de serem membros da tribo sacerdotal. Tinha também o encargo de cuidar do louvor e da adoração.Eram músicos e cantores. Os levitas eram também os diáconos, lideres de departamentos, porteiros e aqueles que exerciam cargos de serviço no templo.Aquele que descia pelo caminho perigoso talvez estivesse pensando em algum festival gospel que ia acontecer em jerico,e não tinha tempo a perder com o homem ferido.
OBS: Muitas das vezes a religião tem essa tendência de não valorizar o homem como Deus valoriza. Deus não quer que sejamos religiosos,tão aficionados as nossas tarefas e atividades eclesiásticas que descuidemos do ser humano.Existem muitos evangélicos que são religiosos, há muita gente sofrendo,carecendo de graça, de misericórdia, de amor, de atenção.Muitos fazem de conta que não estão vendo o sofrimento alheio.Mas nos não podemos agir dessa maneira.
Como posso ajudar o soldado ferido?
1- Aproximar-se do ferido – O sol daquela região é causticante, o samaritano com certeza, tinha que desmontar, chegar perto e agachar-se junto ao homem caído. Isto o deixava vulnerável,pois os bandidos poderiam estar por perto.Ele precisava não ter medo de sangue ou nojo de vomito pois certamente o ferido estava em estado lastimável.
Não podemos amar de longe, ajudar de longe, demonstrar empatia e identificação a distancia, e preciso aproximar-se, tocar, sentir o real estado da pessoa
2- Ter compaixão pela pessoa ferida – Vendo o moveu-se de intima compaixão (Lc 10.33). Nos precisamos ver do Espírito Santo,ver o futuro que o ferido vai ter em Jesus.
Quando a igreja libera a palavra de Deus sobre a pessoa quebrada ou se apagando, acontece o sobrenatural na vida desse irmão.
3- Tratar as feridas do homem caído – A Bíblia diz que o samaritano colocou vinho e óleo sobre as feridas do homem, imagine aquele samaritano ajoelhado a beira da estrada passando vinho e óleo nas feridas, amando aquele homem que estava semimorto
Quando você for atrás de um soldado ferido não se esqueça de levar o óleo.
OBS: O samaritano não parou por ai, depois ter passado óleo no corpo do homem, ele colocou aquele doente sobre o seu próprio animal, o samaritano desceu do seu próprio animal(veiculo de condução da época), e montou o homem.Isso fala de renuncia,sacrifício,de você abrir Mao daquilo que e seu por direito.
4 - Providenciar cuidados num local adequado.
A Bíblia diz no versículo 34 que o samaritano levou o homem para uma hospedaria e tratou dele. Na palestina naquela época, não havia hospital, só tinha hospedarias.Havia costume de muitas das vezes levar as pessoas doentes para uma hospedaria para lá serem tratadas das suas enfermidades.
5- Garantir a continuidade dos cuidados.
O texto diz que o samaritano fez questão de que o homem continuasse a ser cuidado, mesmo na sua ausência Lc 10.35.
O samaritano precisou viajar e cuidar de outros afazeres, mas não abandonou o homem ferido.Ele deixou pago o suficiente para o tempo que o homem ficaria internado.
A idéia que vale apena ter em mente é a figura do hospedeiro, ele representa a liderança da igreja, o líder da célula, o discipulador. Quando nós a semelhança dele , nos propomos a cuidar dos feridos que são trazidos até nos pelo senhor Jesus, ele sempre paga pelos serviços prestados.Restaurando os soldados feridos. PT 02
18/03/2014
Intr. Deus nos chamou para sermos agentes de reconciliação, a igreja, tem o previlégio de cuidar de almas, amar gente, e restaurar os soldados feridos. Eu preciso ser benção, para meus irmãos.
Como sei se sou agente de reconcliação, ou agente de perdição.
Falar mal pela difamação Pv . 16.28 , Pv25.18
O dicionário Aurélio define a contenda como: tirar a boa fama ou o credito, desacreditar publicamente, infamar, detrair,falar mal.
A difamação é um serio pecado diante de Deus Tg.4.11 Por outro lado, uma das boas maneiras de restaurar o soldado ferido,é falando boas palavras, promovendo paz Sl 15.3,5.Aqui vemos benção e proteção para quem não difama.
Falar mal pela calunia
Paulo é categórico, quando adverte a Timoteo: Nos últimos dias sobrevirá tempos difíceis; pois os homens serão caluniadores...foge também destes 2 Tm 3.1 ao 5. A calunia é uma das armas mais mortais para derrubar soldados no campo de batalha.
A CALUNIA PODE SER FEITA através da mentira,falsidade,invenção. A CALUNIA É COMO FOGO UM fogo que se alastra atiçado pelo vento. A Biblia condena a calunia Ex. 20.16. Este mandamento protege o nome e a reputação do próximo.
Ex.23.1,7, Pv. 6.16,19. Pv. 19.9
Conhecedores da gravidade desta situação, é necessário que o povo do Senhor se aparte de toda forma de calunia e que procure viver em santidade.dessa maneira, estaremos nos guardando pessoalmente contra as ciladas do inimigo e ao mesmo tempo protegendo nossos irmãos de serem feridos e massacrados pelo inimigo.
Falar mal pelo boato
Não tem eles sinceridade nos seus lábios ; o seu intimo é de todo crimes; a sua garganta ´esepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam ( Adulam ) Sl5.9
O dicionário define o boato como: Noticia anônima que ocorre publicamente sem confirmação;balela e rumor.
O boato só pode ser uma obra que procede do coração maligno.E o diabo usa seus demônios para entrarem nas igrejas e despertarem as pessoas para usarem suas línguas para essa pratica.Se não temos certeza de um fato, qual a necessidade de espalhá-lo? E mesmo tendo certeza, se sabemos que a publicação dele só vai provocar fofocas e escândalos , por que publica-lo , se podemos procurar o irmão faltoso e ajudá-lo a se concertar?
Não espalharás noticias falsas Ex 23.1. Esta é a determinação de Deus para o seu povo.
Simplesmente ignorar o soldado.
Precisamos entender que a atitude de abandonar o nosso irmão pode causar muitos transtornos na vida desse soldado, vejamos um exemplo dessa realidade. Suponhamos que você esteja num campo de batalha , e que você esteja guerreando ao lado de outros soldados , no exercito de Jesus, lutando contra o mal.Aí de repente, um soldado foi ferido ao seu lado.Você, então ,decide não fazer nada em prol de trazer melhoria e cura para tal soldado.Mas você pode até dizer: Pastor, eu sei de muitas coisas erradas, mas não falo nada , fico só na minha.
Você sabia que a atitude acima é pecado?Sabe por quê? Porque este é o famoso pecado de omissão .Você não fala nada ;embora também não fique julgando e fofocando sobre o irmão caído.Você não faz nada para aquela pessoa sair do buraco. Por isso que é pecado de omissão.E você ainda se torna cúmplice , porque quem cala, consente.
Conclusão;
A Bibia diz e não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes porem,reprovai-as. Ef 5.11. Se você realmente ama seu irmão ,é claro quenão vai ficar falando mal dele , projetando acusação ou condenação sobre ele.Mas você vai atrás dele com amor e carinho, vai confrota-lo acerca de seu erro, do seu pecado; você vai corrigi-lo e amá-lo,coce vai restaurar suas feridas e livrá-los das garras do maligno.
O Comitê Olímpico Internacional realiza periodicamente várias competições pelo mundo. Há jogos de verão, que são maiores e mais famosos, mas há também as Olimpíadas de inverno e as Paraolimpíadas, estas estão voltadas para os portadores de necessidades especiais. Há alguns anos os Jogos Paraolímpicos aconteceram na cidade de Seattle. Ali, nove participantes, todos física ou mentalmente deficientes, se reuniram na linha de largada para a corrida dos cem metros. Quando foi dado o tiro de largada, todos eles saíram apressados, não exatamente em disparada, mas com a disposição de terminar a corrida e vencer.
Todos avançavam bem na corrida, menos um menino que tropeçou no asfalto, caiu umas duas vezes e começou a chorar. Os outros oito ouviram o menino chorando. De repente eles diminuíram a velocidade e pararam. Então, todos eles se viraram e voltaram. Cada um por sua conta. Uma menina com Síndrome de Down curvou-se, beijou-o e disse: “Isso vai fazer a dor passar”. Em seguida, os nove se deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. Tôo mundo no estádio se levantou, e os aplausos duraram por dez minutos.
Aqueles jovens podiam até ser deficiente do corpo e da mente, mais não eram deficientes de Amor, de Compaixão, de Misericórdia, de Sensibilidade. A pior doença de quem alguém pode padecer é a Insensibilidade. Ao ler esse relatório, quase dá para ouvir o que Jesus disse para o intérprete da lei que acabara de ouvir a parábola do Bom Samaritano: “Agora vai tu e procede de igual modo” Lucas (10.37). Esta História é uma lição poderosa que nos leva a repensar o nosso viver cristão, a dimensão do nosso Amor e Compaixão, para que possamos repartir com os outros as ricas bênçãos provenientes do coração compassivo de Deus. Ele tem derramado sobre nós graça sobre graça, e, mesmo sem merecermos somo premiado com todas as dádivas do seu tesouro, simplesmente porque Jesus resolveu nos amar, confiar em nós e investir tudo em prol da nossa salvação e sucesso aqui na Terra.
Este livro nos conclama a uma tomada de decisão. Ele é dedicado aos cristãos maduros, líderes que estão em posição e condição de restaurar aqueles que se decepcionaram, se desviaram, foram para o mundo e se apartaram da presença de Jesus e da comunhão do seu corpo.
Este livro nos desafia ainda a rever nossas motivações, reavaliar nosso compromisso com Deus e com os nosso irmãos, e a partir para ações concretas de amor e resgate. Como soldados, nosso objetivo maior é agradar aquele que nos alistou, e junto com ele recuperar os territórios perdidos para o inimigo. Começando pela nossa casa, pelos mais perto, continuaremos com os nossos amigos e irmãos mais afastados, pois somos agentes de reconciliação, para a glória de Deus.
RESTAURANDO OS SOLDADOS FERIDOS.
Existem muitos homens e mulheres de Deus que Amam ao Senhor Jesus sinceramente, de todo o coração, mais que em dados momentos da vida já levaram uma rasteira do diabo, um contra-ataque do inimigo, e de repente se encontram feridos, sangrando pelo caminho da vida. Eles, que outrora estavam sendo grandemente usados por Deus nos campos de batalha, agora, de repente, se vêem feridos, rejeitados, com um peso na consciência por haverem pecado contra Deus. Por esse motivo tais pessoas vão para o fundo do poço, e de lá não saíram, a menos que outros soldados façam o resgate, dêem-lhes a mão.
PAPEL DA IGREJA COM RELAÇÃO AOS SANTOS
Agora, qual deve ser a nossa atitude em relação a esse irmãos que se encontram feridos pelo pecado? Nossa reação deve ser de restauração. A igreja é apresentada na Bíblia como uma Família. Somos irmãos em Cristo e filhos do mesmo pai se já tivermos entregado nossas vidas a Deus. Daí que, sendo Família, temos responsabilidades de uns para com os outros. Não podemos ser como Caim, para quem Deus perguntou: “Onde está Abel, teu irmão?” E ele respondeu: “Não sei: Acaso sou eu guardião de meu irmão?” (Genesis 4.9). O Senhor queria que ele soubesse, que se sentisse responsável, que tivesse prazer na companhia e no sucesso do outro diante de Deus. Mas não: ele respondeu com uma pergunta que era, ao mesmo tempo, uma atitude de afastamento, de descompromisso, de indiferença. A tal ponto que tinha matado o seu irmão e parecia não sentir nada com relação a isso. A posição de Deus para ele era a seguinte: “Sim, você é guardião de seu irmão. Você é mais velho do que ele, e por isso mesmo deve velar pelo seu bem-estar, ajudá-lo nas suas lutas, alegrar-se com o sucesso dele, apoiá-lo para crescer ”. a posição de Deus para nós, hoje, é a mesma: nós somos guardiões do nosso irmão e temos que orar por ele, discipulá-lo na verdade, conduzi-lo a maturidade cristã, ajudá-lo a crescer até a estatura de cristão. Devemos estar preparados para quando Deus nos perguntar: “Onde está teu irmão?”.
A igreja é comparada a um exercito, guerreando contra o mal, debaixo do General J. C. (Jesus Cristo). Em outras situações, a própria Bíblia nos compara a um corpo. Dessa maneira, somos membros uns dos outros. O pé não pode dizer a mão: “Eu não preciso de ti”. Precisamos um do outro a cada dia, independente do quanto gostemos ou não dessa interligação que há entre nós e nossos irmãos. O que você precisa entender é que somos singular, únicos, especiais e importantes para preenchermos alguma lacuna na vida de outra pessoa, e imprescindíveis para o crescimento do corpo de Cristo.
A igreja se comparada também a uma escola, onde todos nós somos alunos. Estamos sentados aos pés do Espírito Santo, sempre crescendo e aprendendo mais. No entanto, gostaria de fazer aqui uma analogia entre a igreja e um hospital. Neste, o povo de Deus deve servir sempre como agentes de saúde em um pronto-socorro, de plantão vinte e quatro horas por dia, para restaurar as pessoas feridas na vida. Existem muitas pessoas sangrando, cujas vidas foram despedaçadas em muitas áreas de seu viver. Por isso nós, como povo de Deus, devemos servir como agentes de um verdadeiro hospital. Quando a pessoa se sente derrotada, fraca, cabisbaixa, pecadora e frustrada na vida, ela fala que não vai à igreja porque se considera um errante nos caminhos da vida. Eu gosto de que a igreja é um lugar para você que se enquadra nessas situações.
A igreja é um hospital que pode trazer a cura para todos os doentes (Tanto espiritualmente, como até mesmo os enfermos no corpo físico). Pobre é o homem que pensa não precisar de alguma cura, restauração e transformação em sua vida, por menor que seja. Todos nós precisamos de ajuda, de cura, restauração. Felizes são o homem e a mulher que reconhecem que precisam de mais cura, que dependem do tratamento de Deus, desse santo hospital que se chama a igreja do Senhor Jesus. A igreja não é um hospital somente para as pessoas de fora, mas também para os que fazem parte dela, ou seja, aqueles que estão dentro. Muitas vezes nossas igrejas estão cheias de pessoas que precisam de cura. São soldados valentes que trabalharam muito para Jesus, mas que, de repente, pisaram na bola, levaram uma rasteira do inimigo e estão precisando de um ombro amigo, do hospital para tratamento e cura. Nós temos que ser essa igreja-hospital, apta para promover cura e restauração para os soldados feridos. Nossa fé autentica deve estimular, procurar e celebrar a restauração de quem se desviou da verdade do Senhor. Seja um desvio no sentido de incorrer em erros de fé e de ensino, seja no sentido moral, de caminhada, de caráter.
TIAGO E A IGREJA JUDIA DO PRIMEIRO SÉCULO
Veja o que o apóstolo Tiago escreve em seu livro:
“Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5.19-20).
Por aqui vemos o chamado fantástico e a oportunidade que Deus dá, não somente para os pastores e lideres de células, mas para todo seguidor de Jesus, de um ser restaurador de brechas; de restaurar os soldados feridos e ajudar aquele irmão que se desviou da verdade.